quarta-feira, maio 31, 2006

Desprevenida


Falar de amor, desse amor que não existe, que só encontro em palavras alheias, a mim não destinadas, é o mesmo que queimar sempre a mesma pele, afundando, afundando. É quase atordoante, e me perco na dor.

Viver sem amor é caminhar em círculos, não há rumo nem destino.
Viver sem amor é andar cego porque não há luz onde amor não há.
É estar embebedado e não ver o foco da vida nem o sentido das coisas.

Por isso, como garimpeiro,
procuro, encontro e escondo versos de amor
e sonho e espero.

Ando desprevenida, como disse a música antiga,
esperando que o amor aconteça em minha vida.
Enquanto isso, alimento-me de memórias, de poemas de amor e sonhos.

Imagem: Jean-Jacque Renner

3 comentários:

Moita disse...

"Ando desprevenida, como disse a música antiga,
esperando que o amor aconteça em minha vida.
Enquanto isso, alimento-me de memórias, de poemas de amor e sonhos.
Imagem: Jean-Jacque Renner
postado por Saramar às 5:05 AM em May 31 2006"


Esse texto lindo foi postado às 5:05 AM do dia 31.

Ou vc está acordando cedo ou dormindo tarde.

Mil cheiros

Wilton Chaves disse...

Olá!
Saramar, muito bom este texto, da maior qualidade, muito melhor pela sensibilidade feminina presente em seu poetar. Beijos

Anônimo disse...

Alimentar a alma de poesias, memórias e sonhos é essencial... :-) Bjs e bom domingo