
Se à ilusão me entreguei
foi pelo peso das noites
e o amanhecer que tarda.
Enceno, toda noite,
a delicada farsa de uma festa.
Sonhos trançam redes
nas paredes da madrugada lenta
e és apenas a sombra rápida
que pulsa no ritmo de extinta música.
Entreguei-me à ilusão noturna
de tua presença.
Não durmo para entrevê-la
ou ela não me deixa adormecer
ou não quero adormecer
pois que só nos festivos delírios
da lua em minhas flores,
adivinho teu riso,
frêmito de sol entre as sombras.
A manhã me encontra reclinada ainda
sobre a ilusória festa.
O dia se estende como o frio lençol
que se deita sobre mim.
Nem mais ilusão existe,
uma claridade indiferente
é o que resta.
foi pelo peso das noites
e o amanhecer que tarda.
Enceno, toda noite,
a delicada farsa de uma festa.
Sonhos trançam redes
nas paredes da madrugada lenta
e és apenas a sombra rápida
que pulsa no ritmo de extinta música.
Entreguei-me à ilusão noturna
de tua presença.
Não durmo para entrevê-la
ou ela não me deixa adormecer
ou não quero adormecer
pois que só nos festivos delírios
da lua em minhas flores,
adivinho teu riso,
frêmito de sol entre as sombras.
A manhã me encontra reclinada ainda
sobre a ilusória festa.
O dia se estende como o frio lençol
que se deita sobre mim.
Nem mais ilusão existe,
uma claridade indiferente
é o que resta.
Imagem: Silvia Lopes