segunda-feira, outubro 31, 2005

Mensagem do dia das bruxas que mandei para meus amigos, hoje


No dia das bruxas, espero acontecimentos grandiosos para todos nós, porque neste dia, as bruxas do bem (todas as mulheres) sempre unem seus pensamentos poderosos, voltados para a paz, a prosperidade, a fartura, a fertilidade, o respeito à terra e aos elementos que garantem a vida de todos os seres.

Nesses áridos e estéreis tempos, mais do que nunca, precisamos de suas bênçãos e de suas oferendas de amor, de cuidado e de respeito mútuo.

Nestes tristes dias, em que o ser humano se esqueceu de ligação arquéptica com Gea ou Gaia, as bruxas são os seres fantásticos que nos mantêm ligados com nossa mãe primordial.

Nestes tempos de desastres, de desamores e egoísmo, as lindas bruxas do bem, com seus encantamentos, nos remetem à nossa infância mágica e feliz, infância que nos mantém ainda hoje, antes, durante e depois da juventude e da maturidade, porque só quando fomos crianças conseguimos enxergar a magia do mundo.

Então queridos, amanhã, vamos acordar com os sentimentos abertos para a beleza da nossa mãe Terra e agradecer por sermos seus hóspedes, tão privilegiados.


A ilustração foi feita por uma amiga lá do meu grupo de poesias.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Pedaços e Outros Cacos


Às vezes, fico muito triste, com essa solidão toda, dentro de mim. Não ter ninguém com quem falar é chato. Dói. Fingir que tudo está bem, o tempo todo é cansativo, mas, torna-se um hábito. Quase passo a creditar em minha mentira. Falta-me algo que não sei definir bem. Falta-me o amor, o amar. Sinto-me um tanto vazia, estéril. Faltam-me o coração e o pulso acelerados de emoção, de paixão. Acho paixão essencial para a vida. Minhas células precisam desse alimento. Estou tão subnutrida! Estou em pedaços, como naquele poema que escrevi..a alma em retalhos.
Ai, ai..só rindo de mim mesma.
A foto? Não tem nenhum sentido, como sempre.
Só beleza, como sempre.
E, beleza não precisa de sentido.

TRISTEZA, MUITA TRISTEZA

Por que sou tão carente assim? Não queria ser, não quero ser. Afasto todas as pessoas, assusto todo mundo com minha ânsia infinita por atenção, por uns momentos de atenção.Estrago tudo, quebro os copos, furo os discos, queimo o micro, sempre nessa busca de não sei o que. Arrasto-me em busca de atenção, por um elogio arrasto-me. E quando ele não vem, ou seja, sempre, quero me matar. Sou um nojo, ninguém me suporta. Todos já me deixaram, menos um. Há os meus amigos 300 amigos que não me conhecem. Mas, já estou conseguindo, aos poucos afastá-los. Logo, logo, não haverá mais nenhum.

terça-feira, outubro 25, 2005

Presente da Ana Carolina


Sara amar!

Amar sara....

Amar Sara!!!!

Amar o mar que sara
Sarar no mar que ama
que chama
embala e é chama
que chama e ama
Sara.

Sara amar...
Sara amar
Saramar!!!!

Esse "a" rosa e fofinho aí de cima faz parte do meu nome, que ela escreveu todo com essas letras de nuvem.

Viver

Não suporto mais. Pelo menos até amanhã, serei totalmente infeliz. Preciso chorar um pouco. Preciso morrer um pouco mais rapidamente. Preciso tanto de alguém, um amigo, um ombro, um tanque de guerra para me proteger.
Não tenho ninguém, não conheço ninguém, ninguém me conhece. É tudo mentira. Sou burra e insegura. Sou frágil e dissimulada. Só o Ataulfo me consola. O Ataulfo, meu cachorro, que nem meu é. É tudo assim, na minha vida. Tudo mentira. Quero colo e busco sempre um braço forte. Nunca encontrei nem um, nem o outro. Por isso, mergulho nas fantasias, como disse antes. E saio delas tão triste, tão mais sozinha.
Quero morrer. Não, isso também é mentira. Eu não quero morrer. Não sei o que quero. Não sei mais nada. E hoje, não tem florzinha, nem foto de nada.

Eu, a burrice e umas fantasias


Estou irada (no sentido antigo). Escrevi por três horas, um post enorme, com um número excepcional de bobagens e na hora de colocar a bendita foto, perdi tudo. Ai, ai. Mas, foi bom. Talvez agora, escreva algo produtivo.

Vou falar das fantasias. Agora, falo mesmo. Há dias estou andando em círculos, fugindo delas e voltando sempre. Agora chega.

Crio historinhas com pessoas. Invento uma vida para elas,na qual sou personagem importante, quase protagonista. E, na realidade, nem sou chamada para o elenco. Nisso consistem minhas fantasias. Sempre, sempre. Uma mania de infância.

A queda é brutal, porque há uma submersão completa. Outro sintoma daquela loucura que sempre menciono. A queda para cima, para emergir do sonho e olhar em volta como quem acaba de nascer. Ambiente hostil, luzes e dores.

Hummm...isso vai dar um poema agora.

Não, não estou mais apaixonada pelas 15 ou 12 pessoas, não me lembro bem. Não estou apaixonada por ninguém. Agora, estou amando umas 80 pessoas. Todas lindas, muitas solitárias, a maioria poetas.

segunda-feira, outubro 24, 2005

ELUCUBRAÇÕES


Este título é em homenagem a minha mais nova comunidade no orkut. Algo como resgate uma palavra, com o objetivo de buscar no baú palavras antigas da nossa língua antes que os neologismos ridículos tomem conta de tudo. Por falar nisso, leio todos os dias a coluna "A palavra é..." do site nomínimo. Aprendo rindo, é muito interessante.

Encontrei vários amigos nos blogs. Alguns artistas, ou melhor, todos artistas. Eles nem imaginam o bem que me fazem. Lendo seus posts, comentando, brincando ou falando sério, senti minha solidão ir diminuindo, quase minguando.

Eles, os meus amigos, que nunca vi e provavelmente jamais verei, na maioria são escritores e poetas. Mesmo um deles, que diz detestar poesia, só escreve pequenos poemas no seu blog e nos seus comentários. Um poeta enrustido, ai, meu Deus! Adorável.

Outra, é poeta e pintora. Portuguesa, linda, loira e se isso não bastar, ainda mora na praia.

Voltando ao assunto de publicar esse blog, ainda estou elucubrando. Perderei a liberdade de postar bobagens, como ando fazendo. E quando estiver muito triste e vier chorar aqui, todos ficarão sabendo. Não, acho que não devo. Vamos ficar assim, por enquanto. Mas, há uma cocegazinha em mim. Intermitente, mas há.

Voltando


Nunca vi um blog tão abandonado. Ai, mas o outro não deixa. É política, política, política...vinte e quatro horas por dia. Agora, nem leio mais meus livros, só jornais e revistas e estudo filosofia. Ou melhor, leio. Porque mal tenho tempo para reflexões.
Criei outro blog. Sim, minha loucura se agravou sensivelmente. Mas, os poemas são tantos e tão lindos! Como não posso colocá-los todos no Flanar, vou deixando o meu repositório no outro bloguinho. E o deixo sempre aberto para ir lá e ler, nem que seja um verso.
Mas, meus dias na rede estão assim: ler os blogs dos meus amigos e comentar, ler os jornais, comentar novamente nos blogs, escrever no Escrevinhações, ler as mil mensagens de e-mail que recebo todos os dias, responder algumas, escrever no Escrevinhações, ler os comentários que deixaram nos dois blogs e recomeçar tudo. Acho que ficaria o dia todo nessa ciranda maravilhosa. Entretanto, o dever sempre chama.

Engraçado, eu ia falar das minhas fantasias e da vontade que estou de publicar esse blog. Falo sobre isso na próxima, que pode ser agora mesmo ou depois de amanhã.

A foto, novamente, não significa nada. Só beleza, beleza!!

sexta-feira, outubro 14, 2005

Mais amigos, mais presentes lindos


Asas

Em longa viagem
Vão meus olhos

Asas nos olhos
Têm lá suas vantagens!

Paulo Renato Rodrigues

Esse lindo poema, ganhei de presente do meu mais novo amigo, o Paulo Renato, cujo ANIVERSÁRIOé dia 20 DE OUTUBRO, não posso me esquecer. Esse ano, esqueci os aniversários de todo mundo.
Mas, esse foi um ano, digamos, atípico, em todos os sentidos. Muitas coisas antigas morreram e outras começaram e morreram jovens. Muitas coisas nasceram e estão frutificando lentamente. Outras que plantei ainda estão inertes, não sei se virão ou se virão para me alegrar e não. O futuro é amanhã, então, deixemo-lo lá.

Os que esperam


Este blog está até parecendo de literatura. Todo dia invento de postar um texto de alguém. Ah! mas, não resisto. Gosto tanto. Não quero perdê-los.

Novidades hoje e daquelas que me deixam assim, meio vaidosa. Fui convidada para participar de um grupo literário na rede. Humm... estou me sentindo a própria Adélia Prado. Há pessoas de todo o país no grupo, inclusive de Goiânia. Já mandei dois textos (poemas meus). Ainda não sei como será a recepção a eles, porque a mim, foi deslumbrante. Uma paparicação total.
Todo mundo na net é bonito? Só eu sou feia? Fico vendo as fotos do pessoal das minhas comunidades no orkut, só tem lindinhos e lindinhas. Os que visitam meu blog e se mostram são todos bonitos, alguns lindos. E eu, ai, ai. Credo!
Agora o texto

OS QUE ESPERAM
Há os que esperam. São os que se deixam ficar imóveis à margem. Ali ficam. Os olhos são opacos, mas é possível, com muito cuidado, descobrir nos seus movimentos lentos e mínimos, cenas rápidas de amor e saudade.
Os que esperam observam, num quedar sem músculos, a nuvem que forma formas de sonhos e objetos de seres e nadas. As nuvens são como grandes deuses de fumaça. Têm seus gostares.
Os que esperam abraçam-se como se fossem duplos em apenas um corpo. Estão sempre abraçados a si mesmos. Podem fazer isto porque esperam. Sentem-se frágeis e fortes ao mesmo tempo, uma coisa depois outra. São os duplos.
Os que esperam ouvem o som do coração e se encantam, pois apesar de tudo, ele se move. Ele tem um movimento que não é bem uma música, é mais uma dança de balanço.
Os que esperam sentem o vento que passa leve e levanta o fiapo de algodão. Ele desenha piruetas errantes antes de ficar preso ao arbusto. Muito curta a vida de um fiapo de algodão. Quanto tempo fica preso um fiapo de algodão no arbusto seco? Talvez muito, como o tempo dos homens. Não, isto é mais do que é possível pensar. A vida do algodão no arbusto é só um tempo.
Os que esperam olham os filhos, além deles. Os seus filhos já chegam com história. Essa história forma um outro filho sem face, grudado aos seus pés e que nunca os abandona. Dão-lhes o nome de sombra.
Os que esperam não têm pressa. São parte da paisagem, que não se conforma por não ter um sentido sem eles, os que esperam. Tudo é muito fugaz. A própria paisagem é uma sucessão de leves arranjos que nunca mais se repetem.
Os que esperam levantam os olhos para o céu mas não perguntam quando.
Os que esperam olham o chão e aceitam o ponto certo onde ficar.
Os que esperam rebuscam saudades, aconchegados ao silêncio. Têm saudades de coisas que sequer conhecem mas que possuem o dom de provocar um arrepio fundo que encrespa a pele.
Os que esperam nunca estão sós. Há sempre, grudando em seu corpo, um silêncio de quem aceita a espera, como aceita o amor que resiste a todo o tempo e vai muito além das suas melhores lembranças.
Quem espera nunca está só, faz parte da solidão de quem passa.
WALDEN CARVALHO

quinta-feira, outubro 13, 2005



Esse blog realmente está precisando de assistência. Mas, os outros dois não me dão tempo.
Hoje estou alegre, muito alegre. A chuva me alegrou. Sentia tanta falta daquele barulhinho, daquele cheirinho de chuva.
Mas já chorei hoje. Duas vezes, aliás.
A primeira foi vendo uma foto no Globo daquelas vacas mortas em uma vala. Não sei se temho mais pena delas, coitadinhas, tão inocentes ou de nós, os brasileiros, coitadinhos, tão inocentes também, parecendo vaquinhas de presépio.
Depois chorei com uma mensagem que recebi de um amigo, falando do anjo da guarda. Fiquei tão emocionada! Serviu para me resgatar de umas inseguranças. Vou me lembrar sempre do meu anjo da guarda. Bem, se ele ainda estiver por aqui, se ainda estiver me aguentando, porque eu não sou brincadeira, dou muito trabalho.
Mas, como lágrimas não são alimento (pelo contrário, elas saem, não entram), sorri, ri, gargalhei.
Hoje foi "o" dia.
Também, depois de ontem, precisava de algum refrigério. Ontem foi um dia muito difícil. Dia das crianças e muitas crianças mortas no terremoto na Cachemira. Carequinha na UTI, jutamente neste dia e, para coroar o dia, a morte do legista do Celso Daniel.
Mas hoje, recebi esse presente do meu amigo Luiz Carlos "Natu" e fiquei teatralmente emocionada. Minha ligação com Vinicius de Moraes é muito antiga. E pensar que ele morreu no dia do meu aniversário (credo).

Mas, o presente foi esta crônica do Vinícius, que eu não conhecia. Um amor, uma lucidez, um singeleza tocantes.

Olhe aqui, Mr. Buster:
Está muito certo que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills. Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue o Sr. tenha um caco de friso do Partenon,
E no quintal de sua casa em Hollywood um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia
Está muito certo que em ambas as residências o Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racial por muitos anos a vir,
E vacuum-cleaners com mais chupo que um beijo de Marilyn Monroe,
E máquinas de lavar capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra daCoréia.
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas e suas portas se abram com célula fotelétrica.
Está muito certo que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinho
Isto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell e tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster – o Sr. ainda acabará governador do seu Estado e sem dúvida Presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster, me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?


Vinicius de Moraes

P.S. o meu amigo é torcedor do Botafogo, como Vinícius

P.P.S. Vou colocar uma foto linda, que não tem nada a ver, como sempre, mas é linda!

sábado, outubro 08, 2005

Sábado

Hoje é dia de faxina. Já limpei a pele, já fiquei 30 minutos escovando os dentes e agora já posso ler o jornal (ai, ai). E, um vazio, uma vontade de não sei o que. Agora mesmo, mantive um diálogo imaginário com alguém. Não sei quem. Eu mesma, meu outro lado, aquele que ainda tem alguma sensatez, mas nenhum poder de convencimento. Foi um diálogo estranho e áspero. Eu e Mim, como disse um filósofo por aí, de cujo nome não me lembro. Eu, doida, Mim, normal. Eu, rindo de mim e Mim, ironizando. Loucuras.

sexta-feira, outubro 07, 2005

LUMIAR

Não adianta, quando um não quer, dois não existem, só existe um e sozinho.
Mas, como já me prometi não ficar triste com isso, como já não me importo mais com a solidão e sempre a deixo ali naquele canto mais frio da casa (o meu quarto), canto, "eu canto, porque o instante existe e a minha vida...." (Florbela, a mais triste das mulheres tristes, como eu).

Quem me conhece muito sabe que só canto quando estou triste ou muito irritada. É claro que nesses momentos tristes não se incluem aquelas cantorias do videoquê, da batucada, do violão. Esses, são pura alegria, mesmo com todas os vexames. Ai, como é bom ser sem vergonha, sem controle e sem siso!

Falando em cantar, lembrei-me de uma linda música do Beto Guedes: LUMIAR. Esse nome já é uma música. Está incluído na minha lista de palavras lindas, que eu adoro.

Vou sentir essa letra da música, ouvindo sem som a beleza da melodia.

Anda, vem jantar, vem comer,
vem beber, farrear
até chegar Lumiar
e depois deitar no sereno
só pra poder dormir e sonhar
pra passar a noite
caçando sapo, contando caso
de como deve ser Lumiar
Acordar, Lumiar, sem chorar,
sem falar, sem querer
acordar em lumiar
levantar e fazer café
só pra sair caçar e pescar
e passar o dia
moendo cana, caçando lua
clarear de vez Lumiar
Amor, Lumiar, pra viver,
pra gostar, pra chover
pra tratar de vadiar
descançar os olhas, o
olhar e ver e respirar
só pra não ver o tempo passar
pra passar o tempo
Até chover, até lembrar
de como deve ser Lumiar
Anda, vem cantar, vem dormir,
vem sonhar, pra viver
até chegar em Lumiar
Estender o sol na varanda...
até queimar
só pra não ter mais
nada a perder
pra perder o medo, mudar de céu,
mudar de ar
clarear de vez Lumiar

Mais coisas (as últimas)

Há tantas coisas em mim meio doentias. Coisas sem nexo que faço ou falo. Promessas não cumpridas, nunca cumpridas. Vontades que não satisfaço e que me perturbam. Coisas que faço sem querer e me agridem. Uns desencontros constantes.
Escrevi três linhas no meu blog de poemas sobre as palavras que ando pronunciando e que são equívocas, porque não as poderia pronunciar. Mas, são as minhas vontades me dominando, às vezes.
Queria nascer novamente.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Outras Coisas


Meu bloguinho anda tão abandonado. Não porque não tenho nada para dizer e sim porque a política não me deixa fazer mais nada. É um tal de ler, o dia inteiro, de estudar, analisar, pesquisar. Estou cansada e assustada com o que anda acontecendo neste país. Quem dera todos os brasileiros tivessem acesso às informações e interesse por elas!

Mudando de assunto radicalmente, estou escrevendo demais. Algumas porcarias básicas, de onde, às vezes, salta uma outra frase interessante. É um exercício delicioso e, ao mesmo tempo, cruel.

Um dos meus maiores defeitos é a pressa. Sempre vou com muita sede ao pote, sempre. Nunca me emendo. E isso tem me trazido muitos problemas. Acho que é sinal de velhice. Todos não voltamos a ser crianças quando ficamos velhos? Deve ser essa a explicação para esse açodamento perigoso. O resultado é que perco coisas importantes, pessoas interessantes e até dinheiro.
Outro defeito meu é a preguiça. Adoro não fazer nada. Ficar meio besta, pensando, sonhando, sem fazer nada. Esse, não tem conserto. Sempre fui preguiçosa, desde a infância. Naquela época remota, encontrava sempre umas desculpas ridículas para ficar à-toa, à-toa, como aquela andorinha do Vinícius de Moraes (será que é dele?). Uma pena que agora, não funcionam mais.

Outras palavras que adoro: melíflua, supérflua...Esse fonema "fl" é delicioso.

Essa foto que postei não tem nada a ver, mas achei maravilhosa.

terça-feira, outubro 04, 2005

Eu

Às vezes, tenho vontade de juntar todas as minhas personalidades e me mostrar. Entretanto, é meio impossível, acho. Talvez, devesse abandonar algumas delas, quem sabe todas. Mas fico pensando, elas todas são eu. Eu sou elas todas. Elas me constituem e uma supre os desejos de outra e outra de outra e de outra. Elas me constituem.
As pessoas que as conhecem diferentes, inocentes de que, em mim, existem outras mulheres, outras vontades, outros sonhos, não merecem sofrer com uma provável descoberta. Sofro por elas, agora. Depois, elas assentirão com gestos comedidos e dirão que me conheciam profundamente.

Outro Presente


Ontem ganhei este presente de um amigo. Foi um presente inesperado e estranho, que me fez pensar. Por que ganhei e o que significa? Como não consegui ainda traduzir o seu conteúdo, não consigo entender os motivos de tê-lo recebido. Por fim, depois de ficar matutando o dia inteiro, pedi arrego e perguntei ao amigo por que me presenteou. Ele ainda não me respondeu.