
foi a ti que escolhi,
corsário dos meus sonhos
na arca da solidão, guardados.
Entre tantas oferendas
de amor, algumas
outras de felicidade
quase me perdi.
Nenhum sonho transformou em festa
a frieza que comigo amanhecia,
depois da mais longa madrugada,
senão o de tuas palavras.
Andei pelos caminhos onde pisam todos os amantes,
ao lado da ilusão do teu amor a me roubar
do frio e da noite que julguei eterna.
Porém, à primeira tempestade,
fostes embora
levando da arca, o brilho.
Meus sonhos todos perdidos
no vão do mundo.
Agora nenhum há, guardado no fundo,
nenhuma estrada
nem ilusão,
nada.