quinta-feira, maio 30, 2013

Rendição


Quase sempre acredito que te amo
nas horas duramente azuis em que mergulho.
À noite, ao meio dia, presa, procuro o instante
em que os véus de tua ausência pousaram,
um a um,
sobre os sonhos, agora cansados,
do nosso amor.

Ai, por que buscar  a lâmina, o corte, o fim que nunca  alcanço
e as duras as horas são o inverso do repouso de todo amor morto?

Não, não, não quero mais ventanias ou cantos
que afastam o descanso de quem hoje vive exausta de sonhar.

Mas, a quem dizer tal desatino
se o azul dos dias persiste em cada noite dura
como um beijo?

Não, não, nada direi, senão da busca
e da constante certeza de te amar.

4 comentários:

X disse...

Querida, quanta saudades, você voltou para escrever com teu encanto? - Espero que sim. - Daqui uns 2 anos, eu espero, publicarei meu livro. Fica de olho, heim!
Vivi - filha da sua amiga Gina do chacomlivros.zip.net

Moita disse...

"Mas a quem dizer tal desatino"

Essa foi a primeira vez que vc responde um email meu depois de algum tempo.

"se o azul dos dias persiste em cada noite DURA COMO UM BEIJO????
O azul dura como um beijo?; ou a noite é dura como um beijo?

pensandoemfamilia disse...

Boa tarde.
Encontrei no acaso seu blog. Seus poemas são sensíveis, gostei muito. Vc parou de escrever?

DE-PROPOSITO disse...

Que a felicidade ande por aí.

Manuel