segunda-feira, novembro 28, 2005

Devaneio


Hoje devaneio. Sobrevôo meus desejos como se meus não fossem, e sim, o de outra alma mais tranquila. Consigo ver os porquês e quase me compreendo. Porém, há sempre o momento de voltar e vem sempre antes que a compreensão se complete.
Serei obrigada a ler Yung e desvendar meus sonhos? Quem sabe assim, mesmo tarde, consiga entender os limites que nunca consegui romper.

domingo, novembro 27, 2005


Domingo novamente. Novamente sozinha. Uma beleza de dia. Ninguém, absolutamente ninguém. Nem o telefone tocou.
Li 30 revistas que se amontoavam ali do lado, sem serem abertas.
Não conversei com o grupo de poemas. Não li mensagens de email. Não fiz nada. Uma preguicinha tão boa, tão tranquila. Alguns pensamentos indevidos e indecorosos, uma certa dor que me foi informada ontem. E, as intermitências da morte que, juro, lerei bem lentamente.
Agora, vou visitar meu amigos, meus blogs queridos. Começo pelo Nos Bares da Vida, a música lá está linda, linda. Depois irei a Madri, falar com Hannah. E, depois, não sei....
Dia perfeito.

quarta-feira, novembro 23, 2005

CANSAÇO

Por que há dias em que ficamos tão descrentes? Há um cansaço em mim. Uma vontade de ficar na cama, escondida sob o edredon e fingir o dia inteiro que estou dormindo, só escutando uns ecos da casa, ou nada, porque aqui não há ecos. Só solidão.
Aliás, não preciso de edredons para me esconder? Quem me vê? Quem me olha a não ser aqueles que querem algo? Ah! chega dessa bobagem! Amanhã é outro dia, tudo vai mudar. Amanhã é outro dia, tudo vai mudar. Amanhã é outro dia, tudo vai mudar. Amanhã...vai mudar, tudo, tudo.

segunda-feira, novembro 21, 2005


"E, lá vou eu de novo, como um tolo, procurar o desconsolo".
(Chico, quem mais poderia escrever tão linda música?)

Vou novamente me apaixonar, eu pressinto. Já percebo os sinais. e já pressinto a dor. Claro, eu sou doida. Sempre sinto coisas malucas. Mas, só aqui, só comigo. Ninguém sabe, ninguém viu.
Vou me apaixonar e pronto. Ninguém vai perceber ou saber, muito menos o dito cujo por quem estou me apaixonando. Depois de amanhã, depois das chuvas, depois de algumas lágrimas, acaba tudo.

FALANDO DE AMOR


"Se você tem amor na sua vida, isso compensa muitas coisas que lhe faltam.
Se você não tem, não importa o que possua.
Não basta."
(Ann Landers)

Essa afirmação é perfeita. E eu a estou sentindo na pele. O que vale a vida se não há amor? Nada. Sem amor, tudo fica cinza e etéreo, sem nexo e sem chão. Quero amar. Preciso amar. Todos precisamos. Busco o amor em tudo. Mas ele continua se escondendo de mim.

domingo, novembro 20, 2005

DOMINGO


Domingo é o dia. Ou estou absolutamente sozinha ou mergulhada entre mil pessoas. O domingo é sempre radical. Mas, é sempre bom. A não ser que eu tenha que ir para a cozinha sem querer.
Estou preguiçosamente feliz hoje. Terminei um trabalho muito difícil, hoje ao meio dia, entreguei e fiquei aqui sozinha, ouvindo umas lindas músicas e pra variar, remexendo nos blogs alheios. Tudo perfeito.
Estou lendo as Intermitências da Morte, do Saramago. Ainda não sei o que pensar. É meio crítico, meio cômico e muito triste.
Estou lendo também Memórias de minhas Putas Tristes, do Gabriel Garcia Marquez. É ótimo, é triste, é um retorno à vida, ah! Nem sei direito. Só gosto de comentar depois da segunda leitura. E hoje, estou preguiçosa.
A foto? Imita-me e o Ataulfo, meu cachorro. É mais ele do que eu. Ou esse vazio será mais eu que ele?

quarta-feira, novembro 16, 2005

FESTA




Ontem foi dia de festa. Hummm....foi tão bom! Aniversário do Wistton, meu primo, meu irmão, meu filho, meu pai, meu amigo...tudo, enfim. Pessoa mais que adorável. Mas, o bom foi reencontrar certas pessoas interessantes e passar horas conversando com elas. Adoro gente inteligente (mas, quem não gosta?) que sabe conversar sobre coisas sólidas e que não vem comentar sobre novelas (detesto). E, o melhor do melhor, cantei a tarde toda, cantei Nanna, Caetano, Lupiscínio, Ana Carolina, Marisa Monte, Elis, Luiz Melodia Beatles e até Nat King Cole. Adoro cantar para soltar os bichos. Os convidados gostaram muito (modéstia, onde estás que não respondes?).
O que não foi bom, foi uns certos ciúmes de coisas que não são minhas e nem podem ser. Ou uma certa nostalgia de algo que não tive nem terei. Mas, deixa pra lá. Isso dá e passa!
As flores? Bem, apenas um presente que gostaria de ganhar.

sábado, novembro 12, 2005

Um lindo presente



Sou muito querida. Todo mundo me adora e me acha um doce. É, vaidade pura. Mas, é verdade. A queridinha de todos, aquela que deve ir a todas as festas, senão, festa não há. Meio chata, mas legal. Alegre, sempre.
Se sou assim tão perfeita, como dizem, por que ninguém me ama? Pura retórica.
Não tenho nada para despertar amores ou paixões. Se tive, algum dia, não sei.
Agora, deve ser tarde, apesar do meu médico dizer que ainda vou viver, no mínimo, uns 30 anos. Ai, a vida é tão longa! Se ele estiver certo, coisa que duvido acreditando, serão mais trinta anos de solidão, crescendo a cada dia.

Ai, tanta besteira escrevo que fujo do foco.
Esse post é para mostrar um presente que ganhei. Por isso comecei com essa história de que sou muito querida e desandei a besteirar lá em cima. Preciso curar essa loucura , fujo pra lá, fujo para o outro lado, volto rápida e fujo definitivamente. Círculos em torno do que realmente quero dizer e nunca consigo. Ô coisa difícil falar de mim. Mas, sempre estou falando. Ninguém me entende, nem eu.

Ganhei um presente da Luiza, uma pessoa especial, com o amor à flor da pele, o amor pela vida e por todas as pessoas, uma poeta (destesto a palavra poetisa), uma amiga do meu grupo de poesia . Pronto. É para dizer isso que estou escrevendo. Lindo, lindo. Vou mostrar aí abaixo.


CONTOS E CONTAS
Luiza Sampaio
Tecendo um colar de contas
penso em quantas contas
poderiam ter os contos que recontas,
que sempre contas sentado nas pedras
em dia de sol ardente

Contas bastante dos contos enganos
que traçam riscados a vida da minha gente
Muito contas e sabes
mas escondes de mim boa parte dos contos
que parecem encantos
vividos em sonhos, buscando a verdade,
mirando o poente

Contas, recontas e teço o colar,
contas brancas de pérolas
e miçangas brilhantes
conto as contas que restam, no cesto de palha
que pertencia à menina inocente!


Não, ela não fez para mim. Por isso, há uma coincidência muito interessante. Coisa comum entre poetas.
O meu contos e contas partiu da mesma intenção, as contas, sejam de pérolas, de miçangas, de frutas tecendo o dia, a noite e o que está contido neles, os contos da vida.
Estou triste hoje, mas é tristeza calma, quase uma imersão.