quinta-feira, setembro 22, 2005

DESERTOS


Minha cabeça é um deserto. Todos os neurônios se foram para outras bandas. E, então, esqueci o meu nome de usuário. Não conseguia acessar o blog. Ai, só comigo. Sou o inverso dos normais: nunca me esqueço das senhas, mas dos nomes de usuários, nunca me lembro.
Mas, não é disso que quero falar e sim dos assuntos dominantes em mim. Solidão, vontade chorar uns 30 dias, sem parar e depois recomeçar tudo, vontade de tomar um capucchino escandaloso naquelas canecas enormes, vontade de ter alguém comigo, alguém de verdade que me ame e me proteja.
Ai, será que nunca vou crescer? Vou morrer assim, tão infantil, tão impotente e frágil?
Meu coração também é um deserto. Mas, estou apaixonada. Só que o alvo dessa paixão são apenas umas doze pessoas. Mesmo, apaixonada de verdade, amando loucamente. Nenhuma delas sabe, é claro. Se soubessem, ahahahah, saíriam correndo.
Mais um traço de loucura dos milhares que venho identificando em mim. Quem me ama, eu não quero. Dos 12 que eu quero, nenhum sonha. Aliás, nem eu sonhava com tal coisa. Mas, vamos indo, vamos amando, vamos querendo, que a vida é isso.