terça-feira, março 25, 2008

Do amor que nunca morre


Quantas vezes já te esqueci?
Quantas?
Perdida a voz
e essa dor, esse sofrer!
Não cabe em mim tua ausência,
não cabe,
espraia-se alma a dentro.
Mesmo solta em festa,
ou nas cinzas de todo sonho,
não cabe em mim
saber-te incerto,
por outros braços, colorido,
perdido em outros beijos,
como se não tiveras existido,
como se não tivesses sido
o ritmo, a eternidade,
o instante de superar o medo.

(a vida dói, esse amor não acaba...)

Imagem: Rossetti

12 comentários:

Anônimo disse...

Ai acaba sim, uma hora tudo passa.
Beijos

Anônimo disse...

MEU DEUS!!!!!!!!

COMO essa fada escreve bemmmmmmmmmmmm!!!!!!!!!!!!!! linda!

Odele Souza disse...

Saramar,

Alguém escreveu em um e-mail para mim referindo-se ao poema que você fez pra Flavia. A pessoa dizia: "Como é que aquela mulher consegue escrever tão lindo assim?!"

Agora, lendo o comentário de Elisabete sobre este teu poema, lembrei na hora do e-mail que me enviaram te elogiando.

E eu fico toda orgulhosa de ser tua amiga, porque quando dizem que você escreve lindo, escreve mesmo.

Um beijo querida.

Lord Broken Pottery disse...

Saramar,
A falta de tempo andou me roubando a sua poesia. Bom poder ler você.
Beijo grande

Mimi disse...

E a inspiração também... acaba nunca não...

beijo, Saramar

Alessandra Espínola disse...

lembrei-me de Platão: é verdade que para ele o amor era falta, ausência? Eita, como vida dói!Belíssima construção de poema, tanto doponto de vista do tema como da forma. Um beijão!

Anônimo disse...

Um dia passa...rs
bjs

Anônimo disse...

belo poema , linda forma de falar do amor que não finda.

Anônimo disse...

É por isso que vivo por aqui, pois aqui só encontro belas poesias.

nd disse...

Querida amiga,

Vc tem toda a razão deste mundo, este amor não acaba.
bjs

Katia De Carli disse...

É, minha amiga, conheço bem esse sentimento, e vc descreveu-o em minúcias... dói nas entranhas... e eu achava que o tempo curava tudo. Lêdo engano!
Estou partindo em missão... assim que der, dou notícias.
beijo grande

http://graceolsson.com/blog disse...

Querida Saramar
Há amor que NUNCA PASSA. ELE APENAS ADORMECE E UM BELO DIA, PODE RENASCER DAS CINZAS.
Eu falo que nunca acaba o amor, por que na minha pouca vivência, ele nunca morre, apenas se transforma em estágios diferentes do vivído inicialmente.
Beijos e dias felizes