quinta-feira, julho 10, 2008

Se morro deste amor...


E se morro deste amor,
o que será dele, o meu amor perdido,
vagando ainda vivo, nestas ruas da solidão?

A tatuagem andará nua, sem a pele
que a abrigava e sem nada,
apagar-se-á, de medo?

Sombra de minha sombra,
o amor me criou e agora me mata.

Inutilmente, minha alma pede a alvorada,
mas meu amor encontrou outros trilhos
e tudo arde, prenunciando as cinzas.

Tudo arde, meu amor
e morro, em ímpio fogo.
Distante das cinzas, entretanto,
no silêncio de quem sabe esquecer,
nada lembras do que me faz arder.

Imagem: Eugene Carriere

12 comentários:

Alexandre Core disse...

Saramar,

Belíssimo como sempre.
Teus poemas são como partituras. As letras e palavras sobem e descem como notas musicais bailando numa pauta. E tudo dentro de uma harmonia perfeita.
Salute!

Anônimo disse...

Gostei da tatuagem nua, sem aplele, sem um corpo.
Bela poesia, um abraço.

Sonia Regly disse...

Saramar,
vou publicar um lindo poema seu, vai lá conferir.Obrigada viu??? Vc é uma fofinha!!!!!

Anônimo disse...

Saramar,

quando abro suas janelas sei que me emocionarei com a dança de palavras, transformada em versos, sempre de amor.
Posso confessar uma coisa feia? Morro de inveja de você, que domina tão bem as palavras, fazendo delas lindos poemas que invadem meu coração. Mas não é um sentimento mau! É muita admiração e muito respeito. E muito carinho também.

Beijos.

Hermínia Nadais disse...

ÓI! Faz tempo que aqui não vinha!
Belas novidades!
Bjito

Anônimo disse...

Esta é uma de minhas páginas preferidas. Quando quero saber de amor, quando quero saber de mim, é aqui que venho, porque aqui me encontro... sempre nas tuas palavras, Saramar. Abração!

Mimi disse...

Pois o meu amor anda um morro... dos ventos uivantes...

Saramar, que tudo é tudo o que você escreve.
Sou tua fã de carteirinha!

beijo

R. Sant'Anna disse...

morrer pelo amor e viver pelo amor!

Grande abraço

Sonia Regly disse...

Deixei um selinho de presente para vc lá no meu Blog.Parabéns!!!!!

Angela Ursa disse...

Saramar, a esperança é que um novo amor sempre renasce das cinzas como a Fênix. Beijos floridos da Ursa :))

Unknown disse...

Nossa, que lindo! Fiquei emocionada a o ler esse poema. bjuss

nd disse...

Não se morre de amor, mas se vive de amor.
O amor é quem morre, o amante, fica a sofrer a perda e a desilusão, mas não se chega a morrer, sobrevive-se a ele e quiçá, encontra-se outro amor.
Bjs