terça-feira, abril 25, 2006

Ele


Foi uma nuvem em tarde de verão que se desmancha pelo céu e, no entanto, é quente e nos provoca a acompanhá-la para sempre.
Foi um canto de pássaro desconhecido por entre os troncos e ramos enraizados na ilha da minha solidão.
Foi bom e ruim, como uma surpresa na noite, um uivo de lobo e seus olhos amarelos.
Ele, um pirata, arriou minhas velas, estendeu-se sobre meus tesouros e, como o mar, encapelou-se em meus abismos.
Depois, corsário sem memória, querendo-se mar, foi-se lentamente, sem me levar.

Imagem: Éderson da Silva

7 comentários:

Jonas Prochownik disse...

Saramar, bela poesia! Ars. do amigo, e uma otima semana pra vc. Jonas.

Jonas Prochownik disse...

Saramar, digo abraços.

Magui disse...

A fila anda!Rendeu um poema.J� valeu.
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Rose disse...

Querida Saramar,
que texto lindo, pena que as vezes os amores se vão.

beijos

Cláudio B. Carlos disse...

Oi!

Beijos do *CC*

Jôka P. disse...

Capa e espada.
Touché !

Anônimo disse...

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