domingo, agosto 06, 2006

FIAPOS

Têm razão os que dizem que sou nuvem e,
ao menor vento contrário,
vou-me e me desafaço em pedaços.
Sim, sou mesmo.
Cansei-me das dores, tantas que foram
e que desenharam este meu rosto triste.
Deixei-as todas.
Hoje quero música, leite e vinho inundando-me
em noites de sonho e loucura.
Hoje quero "bagunça no meu coração",
torpor, risos incontidos e carícias levemente cruéis.
Sonho?
Sim, sonhos que recolhem meus fiapos
para que outros ventos os desmanchem.
Nuvem, sou nuvem.
Refaço-me e me desmancho infinitamente.

Imagem: Marck Rothko

22 comentários:

Zé Carlos disse...

Sara você é maravilhosa.... tudo o que escreve é encantador. Tanto que tem matéria sua hoje no Blog Café da Fazenda.... te espero... Bjs do amigo, Zé Carlos

Anônimo disse...

Deixaram as janelas aberta eu entrei.Muito sdelicado seu Blog.Adoro mensagens reflexivas.

Te vejo no Portal

Anônimo disse...

é... mas qdo se é nuvem, ñ se pode esperar q os outros sejam vapor dágua pra nos tornar maiores... nuvem ñ espera nd, simplesmente vai... se desmancha, ñ espera, só pelo vento, q a empurra... pela vida q nos empurra... e é bom sim, mudar d fase, feito lua, curtir as diversaas formas q a vida nos proporciona, as diversas escolhas q podemos fazer... é bom descobrir outros céus...
mas enfim....
um xero pra tu:"

CAntonio disse...

Saramar,


Muita gente diz que sou meio desligado. Vendo este blog, concordo plenamente: sou muuuiiito desligado.

Como é que eu não tinha visto ainda? Pura doidice.

Adorei os FIAPOS (e tudo o mais, claro)

Lindo.

Desculpe-me pela falha imperdoável.

Bjs.

Anônimo disse...

Fiapos minha doce Saramar?
Bom sinal em tê-los pois deles se faz novo novelo, se tece sonhos...
Que lindeza suas palavras.
Feliz domingo querida e obrigada pelo elogio, eu linda? rssss
Atualmente nada acho impossível, nem um dia chegar perto de você [se a roça não vem a mim, eu vou a roça,rss]
beijossssssssssss

CAntonio disse...

E.......

corrigi a falha, nos LINKS.

Bjs.

Anônimo disse...

Eu li e reli. E nem acreditei! É que me vi em todas as palavras. Eu n]ão saberia me descrever melhor.. na verdade, nem igual! rs...
Beijos querida. Ótima semana

Francisco Sobreira disse...

Saramar: Já que você deixa as janelas abertas, entro por um delas para lhe agradecer a visita ao "Luzes da Cidade" e as palavras elogiosas sobre a minha casota (como falam as minhas amigas portuguesas). E aproveito para lhe dizer que também gostei da sua casa, à qual também voltarei. Um beijo e uma excelente semana.

Salomão Sousa disse...

O disco da Céu. Não sei se está disponível na internet. Mas está disponível nas lojas.
Logo irei a Goiânia. Visitar o Vassil, editor da Tribuna do Planalto - meu amigo.
Sou de Silvânia.

Santos Passos disse...

Lindo, lindo.

Al Berto disse...

Opppsss! faltava passar no teu "Abrindo Janelas" depois do "Falares" e do "Escrevinhações" :-).

Aguardo teu comentário.

Anônimo disse...

Vc conhece o livro A solidao da mulher bem casada ?Esse texto casando com o caput do seu blogue me fez pensar nesse livro.

Marco disse...

Querida Saramar: Gosto de observar as nuvens e ver os desenhos que formam. Se você fosse uma nuvem, eu veria muitas formas...e entenderia os seus fiapos. Mesmo quando fosse para outras paragens, até virar chuva prazenteira e nos inundar de coisas boas.
Beijo procê.

Dono do Bar disse...

Fico até envergonhado ao comparar as besteiras que escrevo com o conteúdo do teu blog.

Gostei muito daqui e voltarei sempre.

Beijos.

DB.

Anônimo disse...

A vida eh assima mas o que você naum pode deixar eh de acreditar que um dia as nuvens de nossa vida se tornarão concretas e nenhu vento as farão dissiparem e que um dia possamos alcançar nossas metas e sonhos!!!!
Te adolu
bjaum
nathy

Al Berto disse...

Viva:

Mais uma amiga visita...
como não podia deixar de ser,
E novo artigo no Estados Gerais,
Onde o teu comentário gostarei de vêr.

Um abraço,

SV disse...

Que imagem linda escolheste para te descreveres. As nuvens, ao se desfazerem mudam de forma, caçoam da gente. às vezes, permeáveis à luz, noutras densas a se desfazerem em chuva.
Nesse ciclo das águas, há a transmutação do ser. A nuvem se desfazendo em tempestades, inundando, encharcando, nutrindo, saciando sedes e novamente evaporando.
Lindo, Saramar. Lindo.


Quanto às suas interpretações aos meus poemas, são perfeitas. Fico feliz em estar conseguindo transmitir em imagens nas mentes de quem me lê os sentimentos que carrego comigo e os gestos que me permito.

Beijos

Sílvio

Jôka P. disse...

Saramar, estou muito longe de ser um fiapo.
Bjs!
:)

O Sibarita disse...

Oi Saramar! Você me remete à infância, sabe, eu tinha uma namorada que eu a chamava de fiapinho. Ai meu Jesuszinho! kkk Aliás, até hoje a chamo assim, embora, ela já com filhos. Ela se parecia com um fiapo mesmo. kkk Como você mesma diz podia se desmanchar em nuvens quando chorava... kkkk Belo texto seu. PARABÉNS!

Janaina disse...

Sara, obrigada pelos elogios, querida. Nem mereço. Identifiquei-me demais com "Fiapos". Eu ainda não consegui me tornar nuvem. Mas chego lá.

Anônimo disse...

Oi Saramar!

Que coisa mais linda!!!!

Eu tb quero ser nuvem desse jeito que vc descreve aí...

Beijocas

Ritoca

Anônimo disse...

Lindo texto!
Tecendo tecendo... descobrindo sonhos!

Bjos com carinho
ConchitaMC.