domingo, agosto 27, 2006

Não morri...

Um dia, amor imprescindível e no outro, adeus.
Às vezes, porto e depois escolhos.
Foi isso o que fez comigo.
Ninou minhas noites com suas mãos de ternura e me deixou, deixando em mim uma saudade esquisita, tempestade que carrega qualquer razão que eu ainda tivesse.

Você se foi, às duas da tarde e eu não morri. Ao contrário saí pelas ruas , comprando flores, comprando cores para tingir a solidão e chorar nos seus aromas.

Não morri de sua ausência nem aconteceu nada. Tudo está igual no mundo.
Só os meus dias aumentaram e levo para dento do quarto o desconsolo das horas, os dias e noites lentas, infindáveis.
Levo as algemas do meu amor-carrasco, rio que não seca.

10 comentários:

Zé Carlos disse...

Sara querida, eu sou suspeito para falar dos seus escrito. Gosto tanto da sua maneira de escrever que nem sou capaz de comentar. Você é uma escritora abençoada, com uns dedos de fada neste teclado... e ainda me identifico... o que dizer disto:

"Um dia, amor imprescindível e no outro, adeus." ?

Infelizmente uma grande e indeletavel verdade...
Bjs deste amigo e fã, Zé Carlos

Anônimo disse...

Olá....que bom poder ler tudo por aqui....adorei...um ótimo domingo...beijos mil.

Anônimo disse...

vai passar tudo...

Um Poema disse...

Ninguém morre de ausência, apenas murcha de solidão.
Um abraço

O Sibarita disse...

Oxente sua menina! Fique esperta, o amor é isso, nem sempre somos correspondidos... Oi fia (risos)bote tudo que sente para fora isso faz um bem retado, viu? Valeu! Porém, deixo uma poesia para você ver o que é o amor e sua Obsessão.

OBSESSÃO

Agora é tudo!
Mas, não me fale
das flores
na beira do túmulo...
Na luz da paixão
o teu amor
fascina e não nega!
Porém, na curva
do teu olhar
te vejo nua
matando a flor
do amor que
se insinua.
Me diz então
Se o punhal
da agonia
virá em
algum dia?
É que olhando
o céu de Sofia
esta paixão pode
correr a revelia...
No entanto,
ouvindo o teu canto
do meu sol desabado
o coração enlaçado
embarca na nau
dos desesperados
e acende a luz
dos naufragados...
Mas, não sei,
se jogarás a boia
dos afogados!

O Sibarita

Anônimo disse...

Olá amiga, vim te visitar.Amei o que vi e li. Te parabenizo pelo espaço e pelo conteúdo dele.
Tua forma de abordagem me encanta.
Bjs


.

Poemas e Cotidiano disse...

Minha amiga... como voce escreve bonito...
Que coisa mais linda essa frase:
Ao contrário saí pelas ruas , comprando flores, comprando cores para tingir a solidão e chorar nos seus aromas.

Que lindo comprar flores, e pegar suas cores para tingir a solidao...
Que ideia mais romantica, maravilhosa, encantadora.
Que linda voce, minha amiga!
Um beijo
MARY

Anônimo disse...

, amores... amores... termino de a história as vezes causam dores, noutras até aliviam tais dores...
, agradecido pela visita em quimeras, volte quando desejar. voarei por aqui também.
|beijos meus|

Marco disse...

Nossa, querida Saramar...
Que lindo o que escreveu e que barra essa tristeza de um fim de amor. Acho que todos já tivemos situações assim. E dói muito. Mas, você tem razão. Não morremos, mas o vazio que deixa, talvez só preenchendo com flores e cores.
Beijo procê.

Anônimo disse...

E os dias passam
as feridas cicatrizam
e os amores são esquecidos...

Beijinhosssss