quarta-feira, novembro 01, 2006

Coração bobo

Essas coisas do coração, quem pode explicá-las?
Essas idas e vindas semelhantes a trapézios emocionais por vezes me perturbam e sempre me deixam imersa na profunda dúvida sobre a correção do que faço ou digo.
Porém, o que sabe o meu coração do que é correto se só o que faz é lançar-se assim, como um pássaro meio cego em espaços estranhos, atraído talvez por sons agradáveis, por palavras doces?
Nada sei, tal qual meu "coração bobo".
Apenas espero fragmentos de felicidade que chegam de formas inusitadas e quase imperceptíveis. Cega que sou, posso perdê-los, esses fragmentos obscuros de uma felicidade pequena, pequena.
Se fosse um poeta, desses enormes, imensos no desvelamento das palavras, escreveria uma canção capaz de atrair a minha felicidade inteira que, encantada com meus versos, viesse habitar para sempre, este vazio triste que há em mim.
Entetanto, nada sou nem sei.
E a felicidade passa célere, em leves pedaços que se vão à menor brisa.

Imagem: Alfred Glockel

13 comentários:

Anônimo disse...

Não se contente com fragmentos, junte-os, cole-os, perpetue-os..coração é bobo isso não tem remédio só depende de nós direcioná-lo nos seus vôos cegos, dificil não é?
Missão quase impossível, mas não desista..[assim me oriento e quebro a cara, mas um dia aprendo,rsss]
lindo dia doce Saramar
beijossssssssss

Anônimo disse...

Saramar, creio que a experiência de todos é semelhante à tua. Essas idas e vindas cansam, mas dão também certo tempero à existência. Beijos.

Arauto da Ria disse...

Saramar, a felicidade, como tudo na vida, conquista-se e luta-se por ela, não é sentada num cadeirão dourado,que ela lhe vai cair do céu.
Levante a cabeça e veja se não está semear ventos e em vêz de colher amor, colhe tempestades.
Tudo de bom para si.
Beijos

Anônimo disse...

A vida é assim mesmo.Só não podemos é perder o cavalo que passa encilhado na nossa frente.

Mary disse...

Saudades de vc viu? E isso dói no coração
rsss
beijos e bom fim de semana pra vc

palavras outras.blogspot.com disse...

Mesmo pelos fragmentos... os teus, soltos ligeiros, é que ainda revivo o pulsar forte do meu coração...São momentos poucos, mas de uma eternidade sublime a mostrar-me todo o sabor da vida...

Fátima Abreu disse...

Oi poetisa. Vc é assim mesmo, uma poetisa. Lindo demais. Comoveu-me. Obrigada pela visita. Foi um prazer recebê-la e visitar o seu blog.
Um grande abraço e muita luz.

Angela Ursa disse...

Saramar, pois é, a gente não pode guiar os caminhos do coração, apenas confiar nele. Beijos!

Anônimo disse...

Fizeste-me suspirar...
O coração, por vezes, é mesmo bobo!
Ama quando não deve amar... Não ama quando deveria amar...

Há dias em que tudo parece tão pouco... O coração dói... As lágrimas soltam-se...

Hoje saio daqui melancólica...
Tens esse dom de mexer com os sentimentos dos leitores.

Beijo grande.

Anônimo disse...

Vergo-me, perante o teu coração.

Um beijão
OPaulo

Marco disse...

Se você fosse poeta? Se?
Pouca gente que eu conheço pode se dizer poeta como você. Suas imagens mexem com os recônditos da minha alma.
Esses fragmentos que passam são barcos enormes, botes salva-vidas que nos livram do afogamento na mesmice e no lugar comum.
Beijos procê.

Anônimo disse...

Bom fim de semana ...minha amiga..meu coracao e bobo demais..

Anônimo disse...

Não se explica, acontece, vive-se, enlouquece-se, prostam--se sorrisos em lábios pequenos, divaga-se, embriagam-se sentidos, voa-se, plana-se, arraza-se, chora-se, levanta-se e começa tudo de novo.