Agora, o que vejo no espelho é o traçado longo
dos caminhos por onde andei
e as marcas (tantas) do amor que imaginei e
que não sendo, doeu e ainda dói.
Como dói esse amor inventado
quando a mais funda solidão se muda da alma
para a pele, para os dedos, para os olhos...
Nada distrai o lamento pelo que julguei ser amor
e foi apenas uma senda onde me perdi
por entre espinhos e poucas flores.
Trago as cicatrizes no corpo e, na alma, as dores.
Agora, vivo na semiluz dos solitários,
conversando com o espelho
e esta face estranha
que me impede de esquecer os sonhos.
dos caminhos por onde andei
e as marcas (tantas) do amor que imaginei e
que não sendo, doeu e ainda dói.
Como dói esse amor inventado
quando a mais funda solidão se muda da alma
para a pele, para os dedos, para os olhos...
Nada distrai o lamento pelo que julguei ser amor
e foi apenas uma senda onde me perdi
por entre espinhos e poucas flores.
Trago as cicatrizes no corpo e, na alma, as dores.
Agora, vivo na semiluz dos solitários,
conversando com o espelho
e esta face estranha
que me impede de esquecer os sonhos.
Imagem: Frank Dicksee
7 comentários:
Triste e...a calhar.
Beijo grande.
é assim que me sinto, querida. Não com relacao ao amor homem -mulher mas quanto ao amor por alguém que vc voa milhares de km e quando cá chega fica perdida á procura, sem saber onde encontrar. E se pergunta a sim mesma do porquê de tanto desvelo e dedicação e onde está a Natureza que me deixou correr tanto para tão pouco...
beijos e dias felizes.
Oi Saramar, bom dia!!!
Linda poesia
Beijos pra você
Tenha uma ótima quarta!!! :)
É mesmo Saramar, dói muito um amor inventado...
Um beijo.
Poesia de traço muito pessoal com enorme consequência sensorial e de extraordinária prefeição.
Um grande beijinho
Triste mas lindo, sincero e verdadeiro.
Não é mau conversar com os espelhos
Por vazes até aprendemos
a sentir-nos melhor
que o espelho nos diz
outars vezes não
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