quinta-feira, fevereiro 23, 2006
De novo!
Devo ter espinhos escondidos em algum canto de mim. Não percebo e ninguém percebe até que se fira. E se vá. Ou será essa ânsia com que me atiro a tudo que termina por esfacelar os frágeis laços que raramente consigo atar? Deve ser a urgência que me toma e leva por caminhos contrários ao que busco.
A pressa é a inimiga, ensinaram-me tarde demais. Nem vejo o sol nascer e já busco estrelas. Mal percebo a lua chegando e já corro aberta para as madrugadas. A madrugada e suas estrelas nunca chegam. Perco-me delas, desprevenida e tonta. Perco-as, perco-me, de novo só.
6 comentários:
Que lindo.
sabe que as vezes penso isso.
Onde estão meus espinhos?
Porque a pressa para falar, pense antes...
Mais aí...tarde...falei e magoei.
Custo a me acostumar com o fato que nem toda verdade deve ser dita.Será mesmo?
Beijo enorme!
Poxa, que coisa linda... Emocionante mesmo.
Abraços.
Ta lindo e dolorido e inquietante. MAs sob a coroa de espinhso que vc alega ter a gente imagina o tamanho das flores que te compoem...
Oi!
Belo e triste...
Eu sempre fico sem palavras.
É impossivel comentar tamanha beleza; as palavras não têm estatura para descrever o que se ler aqui.
um beijo
Sou nômade, venho de outras terras.
Esses não são os meus caminhos, que normalmente percorro.
Sei onde encontrá-la, mas não posso mais procurá-la.
Assim escrevo a esmo, ao vento e fico esperando.
É o meu castigo, agora sou nômade.
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