quarta-feira, março 08, 2006

Matar o amor


O Cesar disse que a realidade não salva amor algum.
Na verdade, todos os dias sofremos pequeninas dores que vão matando o amor em nós. Qualquer desatenção, como disse o Chico, a falta de carinho, de um mínino cuidado o abate.
A indiferença de quem é rei para o seu súdito, de quem é deus para a criatura torna o amor cambaleante, anêmico.
O amor se nutre de pequeninas coisas. De sonhos sonhados juntos, de palavrinhas doces e moles e afagos quase imperceptíveis, de risadinhas bobas e cúmplices, de paciência, olhares famintos e tremores no corpo. O amor se alimenta de líquidos.
São patinhas de borboletas que tocam nosso coração e, nele, fortalecem o amor.
São orvalhos e penumbras que o revelam para o ser amado.
São mínimas, ínfimas e invisíveis delícias que o mantêm.
O Cesar está certo. Isto não combina com realidade.

Imagem: Luiz Felipe Navarro

5 comentários:

Taia disse...

O pior é que o Cesar está certo.
Porque acrediditamos nos contos de fadas.
Definitivamente ele não existe, pelo menos não nos 365 dias do ano.
Eu tento não deixar o amor morrer.
Um beijo enorme e um dia cheio de renovações de amor.

Moita disse...

Sarita

O César ta certo. O amor quando é amor não se melindra com frases mal empregadas, ou brincadeiras ocasionalmente desfocadas e nem precisa de toques diários de borboletas.

Precisa de amor profundo, gosta do outro e fim, sem receios nem melindres.
Quem peca por amor é como quem cai no gelo: se molha, mas não se suja. rsssss

Adoro você,
cheirão

ex-petista disse...

Saramar, mulheres com você não mereciam um governo desses!!

Olha, fiz uma singela homenagem a ex-petistas e uma mau cheirosa constatação lá no meu blog.

Anônimo disse...

Oi

Obrigado pela visita e pela parceira da escrita. Espero que continuemos..

Anônimo disse...

lllllll