trazendo flores para os meus cabelos,
(oxalá fosse sereia e pudesse encantá-lo para sempre).
E, acredite, borboletas me confundiam,
E, acredite, borboletas me confundiam,
meus dias puro jardim.
E era um amor tão grande, e era com tal alarido
que pássaros um tanto tolos vinham invejar na janela.
Orquestra e coro.
Eles lá, nós aqui, em dueto.
Um dia, ele se foi com o viço das flores
Um dia, ele se foi com o viço das flores
(que tentei encompridar até o longe futuro).
Hoje, sem viço, sem perfume, sem cor, se pudesse,
Hoje, sem viço, sem perfume, sem cor, se pudesse,
iria embora também
(nas mãos, flores...).
(Um dia, ele me fez pensar
que eu era a deusa do mar).
Imagem: Gustav Klimt
14 comentários:
Minha cara Saramar,
Vim retribuir sua visita, a delicadeza de seus comentários, e me deparo com uma Poeta de textos belíssimos, ricos, profundos, simples como o Belo.
Vou retornar sempre. Por enquanto, fico por aqui saboreando os anteriores.
Um abraço afetuoso.
Um dia ele se foi. É a vida, as coisas são efémeras. Felizmente que o Sol vai e volta no outro dia.
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel
Hoje resolvi fazer um "tour" pelos links da Elisabete(Encanto) e estou adorando os blogs que estou conhecendo! Parabéns! Seu blog é show! Bom final de semana! Tetê
www.livrepensamento.blog-se.com.br
estórias de amor sempre terminam assim: Com um ou mais de um machucados. Se ninguém se machucou ou não viveu uma estória de amor ou ela ainda não chegou ao fim.
achei essa palavra no teu post: "encompridar". Gostei.
Vale vc assistir a novela viu? Depois me fala o q achou.
Big Beijoooooooooooos
Lindo poema! Boa escolha.
Bjos
Ficas assim não.
Histórias de amor.
Quem melhor que ti consegue contá-las?
Ninguém...
"Hoje, sem viço, sem perfume, sem cor, se pudesse,
iria embora também...". Vou ficar aqui, só me repetindo... dizendo que escreves com o coração, que tua sensibilidade me toca de perto e que venho aqui e saio mais humana.Sinceramente, parabéns. Bj grandão.
"Tentar encompridar até o longe futuro..." - pensando bem, acho que faço isso constantemente (e nunca tinha reparado).
Saramar,
desde ontem que já li este poema e continuo sem perceber.
É uma despedida!?
Para mim é lindo mas doloroso e enigmático.
um beijo
miguel
que poema doce.
Um amor singelo, puro que toca a alma.
palavras que soam suaves no coração.
lindo
:)
Ah, Saramar... Ele se foi, mas talvez venha outro. Como na música "Teresinha". E talvez venha aquele a quem você dê a sua mão.
Beijos e mais uma vez, um belo texto.
Minha cara! Estava aqui ouvindo Callas cantar, " O mio babbino caro", e fui procurar na net o filme Uma janela para o amor, no qual canta essa música, quando encontrei sua page com essa linda poesia sobre amor.Lembrei do dia q um amigo disse q sentia um incômodo no peito, q apertava e subia pela garganta, um misto de angústia e pavor, como se tudo fosse ficando estreito e o ar faltando... Então eu disse:" isso se chama amor. Mistura de prazer e desespero, sabor e desabor, algo q não se sabe explicar e que nem muito menos, sabemos onde começa e onde termina..."
Mas com certeza, tem um recomeço. Do nada se percebe novamente tal sentimento.
Obrigado por através da sua poesia, despertar sentimentos tão bons.
Flávio Almeida
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