Agora que a promessa se desfez,
agora que o amor se cansou de continuar,
o que haverá de meu no seu coração?
Guarda, quem sabe, minha voz?
Guarda o vermelho da flor feminina,
guarda do mar, o sal que encontrou?
Se não, onde estão?
Perderam-se talvez,
sob ecos noturnos de outras paixões.
De seu, meu coração guarda as canções
que sempre afirmava nossas
(havia uma para cada momento de ternura, lembra-se?)
De você, guardo a agonia delicada
de suas mãos que nunca me deixavam,
"meu brinquedo",
"minha boneca de pele de louça",
palavras suas, que agora são minhas,
guardadas, desenhadas em minhas lembranças
como rabiscos coloridos de criança feliz.
Você nem se lembra,
mas não se preocupe.
Quando a vida doer à falta de alguma ternura,
poderei contar de cada dia e cada desvairada noite
e tudo, espero, provocará apenas um sorriso,
uma saudade morna, desbotada pelas "cinzas das horas".
Mas não sofra logo, não venha logo em busca do que deixou.
Por enquanto, ainda sou vela solitária.
Por enquanto, ainda a saudade é brasa queimando
nas cinzas desse amor.
Imagem: Shirely Novak
agora que o amor se cansou de continuar,
o que haverá de meu no seu coração?
Guarda, quem sabe, minha voz?
Guarda o vermelho da flor feminina,
guarda do mar, o sal que encontrou?
Se não, onde estão?
Perderam-se talvez,
sob ecos noturnos de outras paixões.
De seu, meu coração guarda as canções
que sempre afirmava nossas
(havia uma para cada momento de ternura, lembra-se?)
De você, guardo a agonia delicada
de suas mãos que nunca me deixavam,
"meu brinquedo",
"minha boneca de pele de louça",
palavras suas, que agora são minhas,
guardadas, desenhadas em minhas lembranças
como rabiscos coloridos de criança feliz.
Você nem se lembra,
mas não se preocupe.
Quando a vida doer à falta de alguma ternura,
poderei contar de cada dia e cada desvairada noite
e tudo, espero, provocará apenas um sorriso,
uma saudade morna, desbotada pelas "cinzas das horas".
Mas não sofra logo, não venha logo em busca do que deixou.
Por enquanto, ainda sou vela solitária.
Por enquanto, ainda a saudade é brasa queimando
nas cinzas desse amor.
Imagem: Shirely Novak
15 comentários:
O nosso amor é sempre nosso, por isso nunca, jamais o perdemos...
bjos e ótima semana!
Amiga Saramar... preciso de uma ajuda dos amigos. Vá até o Bar.., tem recado lá. Bjs e obrigada.
Olá, estava procurando umas imagens na net e acabei por achar teu blog. Muito linda as mensagens postadas aqui. Adorei teu blog! Caprichado e elegante!
Abraço! Tenha uma ótima semana!
Não sei mais isso.....
eu só sei continuar amando, amando..
e sonhando
beijo, Saramar!
O amar é um enrijecer de nossa alma.
tudo nosso, noutro, nosso...
amar é flutuar.
Belíssimo poema.
=D
beijos
Lindo!!!!! Beijos querida
Mas como doem as lembranças...
Como dói imaginar esses dedos, que percorriam nosso corpo, descreverem outras curvas...
As lembranças de bons momentos passados são boas...mas doem!
Deijo...um beijo
Sempre com o tom certo apesar de que pra mim queimou, queimou-se.
Ai, Saramar....cada dia acho que você escreve mais perfeito!
ei, ei...eu deixei um coments lá no Mário Quintana. Fui lendo e não vi que prá cima tinha mais um monte de posts.
Beijos
e a saudade é uma brasa que arde durante um longo tempo...
Lindo, querida!
Beijinhossss
Pode o amor passar, pode tudo acabar, mas ninguémpode tirar a lua que você ganhou, a tatuagem que ele deixou em seu coração... Lindo poema como sempre! Beijos!
Sempre o mesmo encanto nas palavras.. Parabéns amiga.. Lindo seu poema , diria que por vezes até sua prosa é de uma doçura impar... Boa semana..
O término, com a bela imagem das cinzas e fogo, fecha um belo poema, que nos dá uma ótima visão do fim de um amor.
Lindo poema, parecendo a reprsentação daquela música que dizia "tudo acabado e nada mais". Meu beijo.
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