terça-feira, outubro 30, 2007

Eu aqui...

Dançamos sob o mesmo som,
eu aqui e ele lá.
solidão e glória,
como se fosse minha
a história de algum poeta maldito
e só depois do esquecimento,
finalmente
ele me enlaçaria em pleno bailar
eu, branca e bela.
ele, arrebatador.
Do meu naufrágio na dor,
restaria apenas
uma leve frialdade
porém, breve
apagada com seus beijos
e a tenaz carícia
queimando-me em doce fadiga
nesta noite de primavera.


Imagem: Bouquereau

9 comentários:

Alexandre Core disse...

"..frialdade
porém, breve
apagada com seus beijos
e a tenaz carícia
queimando-me em doce fadiga"

Foi bom pra você? (risos) Sensualíssimo!
Só uma poeta maldita derreteria as palavras da forma como você fez nesse poema.

Beijos,

Renata Livramento disse...

Será que algum dia eu virei aqui e não me identificarei?!!!!!!

bjos!

Alexandre Core disse...

Saramar,

Recebi a notícia pela Leticia Coelho do falecimento do CAntonio. Estou completamente perplexo com isso. Eu leio o Blogando Fancamente todos os dias. Se é uma perda enorme para quem o conhecia somente pela blogosfera, o que dizer para os familiares e amigos.

suruka disse...

Dançando
com o som escolhido por ti.
Só pode ser soberbo.
Encantado com o teu texto.

Anônimo disse...

Oi Saramar bom dia.Fico impressiona
do em ver as palavras verterem de sua prodigiosa mente de poeta,quali
dade que s� � dada a ter aos que realmente tem o amor como referenci
al maior,ler o que escreves � como saborear um bom vinho tinto e s�co.
Bj�o pra vc e obrigado pela visita e coment�rio la no piano.Bjos!!!!!!

Anônimo disse...

A dança por si só é erótica...tuas palavras também!

DE-PROPOSITO disse...

Tu aí...

Felicidades
Manuel

X disse...

Que linda poesia.Ela é praticamente musical.
Te peço não se esqueça de visitar o blog da Gina:
www.chacomlivros.zip.net

Anônimo disse...

Que linda poesia!
Demonstra sua sensibilidade e doçura.
Não deixe de visitar o blog da Gina:
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