Por amor, aprenderia a cantar,
mas ando muda.
Um deserto me cerca, cega, seca, com sua quentura bruta apagando meu calorzinho lento, de ir se acendendo aos poucos.
Meu silêncio é de espera, da espera de um canto que queria ouvir, que deveria vir, serenata, talvez.
Serei também surda? Ou apenas sonho? Não sei. Tudo é silêncio. Substituo o canto por versos discretamente melancólicos.
As palavras são ecos desta minha andança sem amor.
Admiro vitrines, contemplando os amantes e a música
que suas mãos compõem e seus olhos cantam.
Assim, finjo ouvir, quase vejo o meu amor,
meu cavalheiro encantado
a me roubar deste meu chão seco e silencioso.
mas ando muda.
Um deserto me cerca, cega, seca, com sua quentura bruta apagando meu calorzinho lento, de ir se acendendo aos poucos.
Meu silêncio é de espera, da espera de um canto que queria ouvir, que deveria vir, serenata, talvez.
Serei também surda? Ou apenas sonho? Não sei. Tudo é silêncio. Substituo o canto por versos discretamente melancólicos.
As palavras são ecos desta minha andança sem amor.
Admiro vitrines, contemplando os amantes e a música
que suas mãos compõem e seus olhos cantam.
Assim, finjo ouvir, quase vejo o meu amor,
meu cavalheiro encantado
a me roubar deste meu chão seco e silencioso.
Imagem: Rodin
Hoje tem um poema novo lá no blog do Leo. Não gostaria de ler?
16 comentários:
Lindo!!!!!!!!!
:)
Um beijo
Zé Rui
Um texto triste, melancólico de quem precisa de sentir amor mas maravilhosamente escrito.
Adorei, como sempre aliás!
Um beijinho grande para ti Saramar.
Saramar, é isso aí!
O amor é a mola que impulsiona a vida!
Bom dia! Beijus
Ah, que tristeza é essa que assombra a mais nobre das guruas? Adorei.
desse encanto de admirar vitrines, compomos poesias mais perfeitas! essa é uma delas!
saudades querida!
um grande abraço de futuros e esperas...
Amiga,
O "EscolasemPartido.org" precisa de nós. Vá até lá e deixe a sua mensagem.
Menina, falar mais o quê??? Beijocas
Sramar: por amor...o que não fazemos..nao é mesmo?!?
Beijos carinhosos diretamente do meu Cotidiano.
mas Saramar, esse texto aí, ele me traduz!!!
Como pode isso???
Muito talento teu. Verdade
Um abraço
Acho que esse poema e uma linda cancao...acho que vc ja cantou...beijos e bom fim de semana
"Assim, finjo ouvir, quase vejo o meu amor,
meu cavalheiro encantado
a me roubar deste meu chão seco e silencioso"
ÉS VIDENTE?
elisabete cunha
DE repente vem surgindo um pequeno suave som...ela não sabe de onde vem...tenta prestar um pouco mais de atenção...mas ele ainda é muito fraco...agora vem vindo com um pouco mais de força, porém não menos suave...doce melodia, notas sinfonicas...são as notas suaves do amor, invadindo tudo e tomando conta do coração...
Lindo texto...beijos e voltarei mais vezes...
O amor é o nosso ilexir de vida, mas o podemos beber de varias formas, quando olhamos os olhos de uma criança, o universo que nos aporta enfim... sei o que sentes e sinto a tristeza nas tuas palavras, mas tudo vira a seu tempo acredita.
beijos
Saramar
Neste texto há melodia é harmonia
mas tambem muita tristeza.
Muito belo o que escreveste.
Desejo que cantes muito e bem alto para toda a gente ouvir.
bjs
Saramar, vim conferir a indicação do Rayol e fiquei sem palavras. Lindo poema, Saramar.
"Um deserto me cerca, cega, seca, com sua quentura bruta apagando meu calorzinho lento, de ir se acendendo aos poucos".
DI-VI-NO!
Parabéns!
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