quarta-feira, agosto 22, 2007

Seu adeus


meu rosto no teu travesseiro
é o que resta de toda tentativa de amar.
faltos de tuas mãos de os arrancar,
(ah! meu vento...)
meus vestidos amarelam, perdem a tom, a chama.

meu rosto, minhas lágrimas
todas as bobagens que guardei
os brincos vermelhos, os beijos vermelhos...

para que tanta cor, se de ti, só cinzas
e o eco do adeus que disseste
indiferente a quem te ama?

Imagem: Tamara de Lempicka

14 comentários:

Nena disse...

Moça-Bonita, que também atende por Saramar, beijos vermelhos existem e existiram para nunca nos esquecermos.
Esses não perdem a cor!

um abraço, querida

Anônimo disse...

Amiga, obrigada pela força e por tuas palavras carinhosas. Poema lindo, como tudo o que sai deste coração. Como eu gosto de te ler. Bj grande.

Mar Arável disse...

OS BEIJOS NÃO TÊM COR

QUANDO SÃO MAIS

BOCA NA BOCA

QUE ARDEM MESMO APÓS AS CINZAS

SE FOREM

CONQUISTADOS

Lord Broken Pottery disse...

Saramar,
Estava com saudade desse espaço. A vida corrida tem me impedido de fazer algumas coisas que gosto: ler boa poesia, por exemplo.
Grande beijo

Ricardo Rayol disse...

Triste

Edna Federico disse...

Tem fases que a vida perde a cor, mas nada como um dia após o outro pra surgir outro arco-íris...mais bonito, mais brilhante e com um pote de ouro escondido, sorriso.
Beijo

Bichodeconta disse...

Sei do que falas amiga, por vezes o sol perde o brilho, as flores perdem o cheiro, a vida refugia-se nos vendavais. Passada a tempestade , volta tudo ao sitiu certo e tudo está bem.. Deixo-te um beijinho..

Marilac disse...

Oii Saramar,
Lindo e triste, como a saudade de amores que poderiam ter sido eternos !
Bjs
Marilac

Anônimo disse...

Olá.. como vai?.. nossa adorei esse seupoema.. me mostra o quanto preciso ter valor no amor que tenho do meu namorado.. é tão bom amar e ser amada... bjos!!!

Anônimo disse...

saudade!
:)
elisabete cunha

Marco disse...

Olá, minha poetisa favorita!
Estou de volta, com computador consertado! Vou devagar, visitando os amigos.
Voltar aqui e sair com a cabeça nas nuvens... Meu Deus! Como eu agüentei ficar sem isso?
Você cada vez mais me surpreende. "Beijos vermelhos..." Que imagem!
Ah, Saramar!... ah, poeta!
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.

Anônimo disse...

Diz tudo com realismo o seu poema. Parabéns!

Anônimo disse...

Lágrimas derramadas sobre cinzas viram pedra. Meu abraço.

Alexandre Lucio Fernandes disse...

Lamuria enaltecida no âmago da sensação de querer.
PErfeito.

Adorei
^^

Beijos