quarta-feira, março 28, 2007

Cinzas

A tristeza molha meus ossos.
na casa sem poesia, choro à porta.
antes, tanto de belo existia.
agora, nada tem cor.
tudo murcha como meus sonhos.
uma ferida sangra lentamente sobre
o tapete onde alguém escreveu bem vindo,
em longas maiúsculas.
sinto dizer, ninguém chega,
tudo limpo,
tudo som de lamento,
tudo metade.
espelhos sem reflexo,
perdida minha festa.
Por quê?
o horizonte é morto
e o que me resta é o verso tosco
e a mesma vontade de me exilar em você.


Imagem: Van Gogh

13 comentários:

Anônimo disse...

Olá!
Obrigada pela visita!
Seu blog é um encanto!
Voltarei sempre!
Beijos

Léo Scartezzine disse...

Sara,perdoe-me a falta de jeito, mas onde vc arruma tanto talento. Tanta inspira�o. Que coisa...rs..

Anônimo disse...

Oi linda!! faz tempo que não passo aqui né,?!
Desculpa...falta de tempo mesmo..
nossa! que poema triste,quase chorei aqui...mas...bjos

Yvonne disse...

Lindo e triste. Beijocas

Anônimo disse...

Oi! Nossa, fazia tempo que eu não vinha aqui... Desculpe. Mas sempre que venho aqui me impressiono com poemas cada vez mais lindos! Parabéns
Bjo

Anônimo disse...

Tantas linda figura e firulas... maravilhoso olhar esse seu molhar de ossoe

Anônimo disse...

Exílio sonhado, desejo almejado...
lindo dia doce Saramar
beijosssssssss

Anônimo disse...

nossa!
triste esse!
mas nem por isso menos belo!

Ricardo Rayol disse...

Lamentos, triste... parece eu :-)

Anônimo disse...

Saramar, inda bem que a tristeza se banha de poesia, pra que o lamento também passe por metamorfose, não é? Abraços!

Anônimo disse...

Exílio,

Ninguém o faz por querer.
Impossível o ser só.
bjs.

Anônimo disse...

Obrigado pelo comentário em meu fotolog. Uma verdadeira peosia em prosa. Tão sensível quanto o que vc leu lá. Somos almas imbricadas apesar de vivermos separadas.
Abcs

http://jjleandro-jjleandro.blogspot.com/

Anônimo disse...

Que belas palavras...

Perder-se o outro pra se achar...

:*