domingo, setembro 17, 2006

Primavera

A primavera está ali, na esquina.
Tempo de florir, de sorrir, tempo de colher.
Em um certo poema, contei para quase ninguém
de umas sementes que havia plantado, esperançosa.
Quase todas continuaram sementes. Continuam além de qualquer visão. Não germinaram.
Também andei assim, por muito tempo, em escuridão, em profundezas invisíveis, por trás de paredes escondida.
Agora, crisálida, busco asas para me lançar, quem sabe, a venturosos dias de perfume, ébria talvez de infinitos sentidos, muito além de todos que existem. Talvez, íntima, de amor colorida.
A primavera. É ela que me busca e abre meus recônditos olhos para mundos felizes, quentes como os dias cheios de flores e aromas.
É a primavera que chega a meu coração antes, arca fechada e agora, cálice.

20 comentários:

Anônimo disse...

Que os bons ventos da primavera lhe tragam muitas cores, perfumes e amores, e mantenham o cálice sempre cálido. Beijos

Jôka P. disse...

Aqui em Copacabana ainda é inverno com a maior cara de verão...
:)

Anônimo disse...

Menina, li agora mesmo (não sei onde mais) um comentario onde vc diz que não sabe fazer poesia. Vc quer me dizer o que é que vc escreve? rs...
Achei maravilhoso isso:
“Agora, crisálida, busco asas para me lançar, quem sabe, a venturosos dias de perfume, ébria talvez de infinitos sentidos, muito além de todos que existem.”
Pura poesia, moça!!!!
Beijo grandão

palavras outras.blogspot.com disse...

Que a primavera venha trazendo um pouco de juízo à esse nosso povo, e inaugure uma nova era...
E a você, especialmente, só mantenha essa alma maravilhosa, com os perfumes das tuas poesias e os aromas das tuas doces palavras...

Dafne disse...

Querida
Que tenhas muitas primaveras na tua vida!
Um beijo amigo!

Anônimo disse...

E que a primavera chegue para todos nós, limpa, serena, exalando as paixões que ainda nasceram e as que encontraram finalmente teu porto seguro...
Saramar, adorei teu comentário... muito fofo e sensível. Agradeço de coração...
Assim que atualizar o Távola colocarei um link seu por lah...
MIl beijos...

Anônimo disse...

Saramar,
Que belos textos/poesia aqui LI!
Achei maravilhosos!!!

Agradeço mesmo muito
a partilha.
Vou mais rica e feliz.

Sempre Bem-Vinda.

GrandeBeijinho
ConchitaMachado

Kalinka disse...

OLÁ SARAMAR

Você está recebendo de braços abertos a Primavera...aqui, estamos à espera do Outono.

2 estações do ano completamente opostas, mas cada uma com a sua beleza.
Votos que os ventos da Primavera lhe tragam muitas cores lindas, vivas e alegres; perfumes suaves e amores verdadeiros.
Beijos ternurentos.

O Sibarita disse...

Hummm diga aí dona primavera? Você tá danadinha nas poesias, parabéns!

bjs
O Sibarita

Anônimo disse...

Saramar,

às vezes as sementes demoram um tempo para germinar. Talvez ainda tragam uma surpresa e comecem a soltar brotos verdes à procura da luz. Assim como nós, que às vezes, precisamos de um tempo em invisíveis profundezas, até o momento de abrirmos novamente as asas à procura dos dias perfumados e coloridos da primavera. Com o coração renovado em cálice fértil.

Beijos.

Arauto da Ria disse...

Saramar:
Ao entrar aqui senti o cheirinho a flores e o aroma de pétalas que são as suas palavras e não tive dúvidas que estava na primavera. Deixei de sentir a angustia de um outono que se apróxima e a melancolia de tempos que outros tempos negros recordo.
As minhas sementes colocadas neste jardim, germinariam e nasceriam todas as espécies de flores, com o calor que você irradia e a humidade de lágrimas traiçoeiras, que caiem dos meus olhos, com a comoção,emoção, tristeza e alegria que eu sinto ao ler a sua poesia.
Não vou explicar o inesplicável, mas eu venho aqui muitas vezes silenciosamente,releio tudo, debruço-me sobre as suas janelas e respiro com sofreguidão o ar despoluído e o perfume que irradia neste seu sítio.
Hoje vou colocar uma rosa bem vermelha no seu cálice.
Tantos beijos para si, como de p´talas me tem dado a mim.

Tina disse...

Oi querida!

Palavras lindas, suaves, cheiro de flor, esperança no ar, renovação...

Continue assim, vejo flores em você.

beijo grande,

Só mais um Cortez... disse...

Sara,
Essa primavera que vc descreve é mais bela do que a que vemos daqui...
Talvez porque os teus olhos sejam mais puros do que os nossos, talvez porque o teu coração seja mais encantado do que os nossos... Mas certamente, também, porque consegues colocar tanta beleza em palavras que só percebemos a real beleza do que descreves quando te lemos!
Obrigado pela visita nos Meus Desvaneios...
Beijos e boa semana pra você.

Poemas e Cotidiano disse...

Ah minha amiga, que primavera linda que chega em seu coracao, cheia de flores e encantos...
Muito linda...Muito linda..
Beijos
MARY

Anônimo disse...

Que esta primavera venha mesmo repleta de alegrias e flores pra melhorar as coisas por aqui,Saramar.
Beijão!!

Anônimo disse...

Lindamente poético...

Arauto da Ria disse...

Saramar:
Li seu Outono,não me fez bem, mas em compensação reli tudo o que me pode dar esperança,saio mais trnquilo, mas ando muito melancólico e infeliz.
tudo está tão longe...!
Um beijo.

Anônimo disse...

Olaaa

Que doce será meus sosnhos hoje após ler suas palavras...
Que delicia de se ler...
Quero a primavera em minha alma, quero um pouco mais de cor...

Belo post =] adorei.

Lindo dia pra tu

:****

DE-PROPOSITO disse...

E andei por aqui, olhando a Primavera. Eu acredito que já estou no Outono, podendo o Inverno chegar a qualquer momento.
Beijos.
Manuel

DE-PROPOSITO disse...

Quatro estações

Eu já fui primavera alegre e rescendente;
Em quimeras flori; vibrei hinos de amor;
Veio o estio depois, fecundo mas candente,
E o meu jardim então ficou sem uma flor.

Mas persistiu em mim aquela fonte oculta
Que mantém o frescor das verdes primaveras;
E, quando veio o outono, em ambição estulta
Qui de novo florir em sonhos e quimeras.

Triste ilusão porém! Insensato desejo!
Desse lindo jardim agora nada vejo,
Embora inda respire o seu perfume terno.

Hoje é tudo aridez; a própria luz é escassa;
Tomba neve do céu e o vento ruge e passa.
Tão cedo envelheci! Tão cedo veio o inverno!

Alberto de Aragão