segunda-feira, janeiro 22, 2007
Reflexo
E eis que me encontro, meu Deus!
Neste velho espelho que sorriu comigo,
e suas marcas de lágrimas desarvoradas, eu me encontro.
Mas, quem me fita?
Quem assim cansada, desvia os olhos de mim?
Por que se espanta com todos os dias que passaram
por este rosto estranho, em tantas faces de se ver?
Quem é essa mulher que, despida dos medos comuns,
permanece frágil,
e hesita nas pontes para o azul da vida?
Velho espelho, velho, antes côncavo de ilusões,
não mais enxerga a menina, as anáguas
brancas e os sonhos rabiscados em folhas soltas.
Velho espelho opaco de tanto tempo!
Imagem: Washington Maguetas
4 comentários:
O Mario Quintana dizia, Saramar, que o problema dos nossos retratos é que eles envelhecem com o tempo... Acho que podemos dizer o mesmo dos espelhos, né? rs*
beijos, querida e boa semana
MM
Quanto a mim,
Só tenho olhos para ti,
nem mesmo vejo o tempo passar.
Que são alguns poucos anos nessa vida...
Em qualquer época, em qualquer lugar, sob qualquer circunstância, iremos eternamente nos encontrar.
Saramar, voltei...Nem sei como agradecer o quanto foi delicada comigo! Bjs
Acho que esse velho espelho, é o próprio tempo... Esse tempo que, observamos pelo retrovisor da memória. Aqui, sempre palavras que abraçam Poesia. MontanhosoAbraçoDasMInas.
Diovvani.
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