segunda-feira, março 26, 2007

Lembranças


Em meu caderno de lembranças,
seu nome é o primeiro escrito.
E o segundo e o último.

Às vezes, enorme, como um grito.
Às vezes, mero esboço,
nas horas que tentei esquecer
que não se ama impunemente,
eu um tanto nuvem de chuva forte.

Agora, já não choro.
Contento-me rabiscando seu nome
dentro de corações, como menina antiga que sou.

As lembranças estão por aqui escritas,
em versos de boba alegre
ou lamentos de loba sozinha,
guardo-as em mim, outra pele,
teia de dor
laço do meu amor.

Imagem: Oskar Koller

10 comentários:

Anônimo disse...

Querida, meninas antigas que somos, temos direitos assegurados de guardar lembranças, escrever nomes na areia, corações espetados com setas ou sangrados por espinhos. Repetir sonhos, embalar silêncios, reclamar afagos... amar de amor distante... Afinal somos meninas antigas, bobas sozinhas e lobas alegres.
Teus poemas me dizem muito.
Uma semana feliz
Leila Jalul

Anônimo disse...

Muito lindo, parabéns.
Beijos

Santa disse...

Nossa Saramar!

Em poucas palavras, algumas imagens, tua poesia nos parece tão grande!!

Diamante Negro disse...

Tava meio sem tempo, mas continuarei sim!!!

Muito obrigado por perguntar, abraço pra vc.

Angela Ursa disse...

Saramar, "rabiscando seu nome dentro de corações, como menina antiga que sou" é lindo!! Como sempre, você está inspiradíssima!! Beijos floridos da Ursa :))

Yvonne disse...

Saramar, delicioso demais. Beijocas

Anônimo disse...

Que lindo. Vi algo teu no Suite. Parabens poeta, tudo muito bonito.

Anônimo disse...

Laura Mesquita. Perdoe-me, eu quem escrevi logo acima.

Anônimo disse...

um beijo
miguel

PELADUZ disse...

Perfeito.