E lá se foi outra estação.
É lá fora porque em mim,
os dias não passam para o meu amor de sempre.
Eu que sempre te amei, amo-te mais, a cada curva de tempo,
a cada anunciação das eras.
Amo-te há milhares de anos,
nas sementes antigas de ilhas desconhecidas,
nas arcas, nos barcos, com a ânsia dos náufragos.
Amo-te nas pedras.
Amo-te nos dialetos mortos e nos conhecidos, em hieroglifos e bites,
nos desenhos das areias e nas gravuras de Warhol,
banal, ou profundamente cravada na escuridão de antigas lápides.
Nos pergaminhos, nos manuscritos,
nas flores secas em reais diários.
Em iluminuras e na impureza das ruas negras de miséria.
Amo-te nas trevas.
Amo-te na fumaça dos tempos, dos tidos e havidos, dos táxis,
nas guerras e em Arcádia, no dorso dos cavalos e no doce pastoreio.
Na fogueira das feiticeiras e nas alcovas de deleite,
na mágica dos alquimistas e no circo dos palhaços.
Amo-te sem oráculos, sem limites, sem sentido, sem laços.
Amo-te nos astros.
É lá fora porque em mim,
os dias não passam para o meu amor de sempre.
Eu que sempre te amei, amo-te mais, a cada curva de tempo,
a cada anunciação das eras.
Amo-te há milhares de anos,
nas sementes antigas de ilhas desconhecidas,
nas arcas, nos barcos, com a ânsia dos náufragos.
Amo-te nas pedras.
Amo-te nos dialetos mortos e nos conhecidos, em hieroglifos e bites,
nos desenhos das areias e nas gravuras de Warhol,
banal, ou profundamente cravada na escuridão de antigas lápides.
Nos pergaminhos, nos manuscritos,
nas flores secas em reais diários.
Em iluminuras e na impureza das ruas negras de miséria.
Amo-te nas trevas.
Amo-te na fumaça dos tempos, dos tidos e havidos, dos táxis,
nas guerras e em Arcádia, no dorso dos cavalos e no doce pastoreio.
Na fogueira das feiticeiras e nas alcovas de deleite,
na mágica dos alquimistas e no circo dos palhaços.
Amo-te sem oráculos, sem limites, sem sentido, sem laços.
Amo-te nos astros.
Imagem: Gustave Deloy
33 comentários:
O amor cantado sem limites.� assim o verdadeiro amor: n�o se sabe onde nasce, � incondicional, � eterno.
Beijinhos
ah, hoje eu nao estou para falar de amor não...só se for amor por nós mesmos... e é isso que eu te desejo nesse momento: que vc se ame muito, muito mesmo!!!
bjos e ótima semana!
Se você vivesse na Grécia Antiga, eu diria que esse imesno e desmedido amor iria despertar a inveja dos deuses.
E os seus textos os abrandariam.
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.
Será que o amor, em algum tempo ou lugar, tem limites? Embora possa ser contido, acho que limites ele não tem.
Ah! O amor que eu não entendo ....
Sinmto tanto! Mas, não entendo ... nem onde, nem quando ...
Gostei muito do texto
e adoro as definições
amo-te: - nos astros , nas trevas,
nas pedras.
beijos
Muitos parabéns, muitos parabéns mesmo por tudo o que escreves. O teu poema "Tango" deve ser dos textos mais lindos que já li em toda a vida.
"Amo-te há milhares de anos,
nas sementes antigas de ilhas desconhecidas,
nas arcas, nos barcos, com a ânsia dos náufragos.
Amo-te nas pedras."
Belíssimos versos, Saramar. Esse "Amo-te pedra" é de uma intensidade imensa que beiraào infinito.
Parabéns.
É... isso sim que é amor além da vida!
Lidíssimo! Tenha uma ótima semana!
Boa semana!
Ah, era assim, era assim que eu gostava que a D. Maria me amasse, nas pedras rolante e, at� nas areias movedi�as.
Mas n�o quero agora falar de amor, estou triste, estou de luto.
Coelhinho
Querida, mais um lindo poema. Acabei de linkar você lá no meu blog. Já deveria ter feito isso há mais tempo, mas como sou meio burrinha, deixo um dia para tomar esse tipo de providência. Beijcoas
, amar por todos as maneiras. por todos os dias...
, agradecido pela indicação...
, beijos meus.
Saramar,
N�o conhecia seu lado escritora de boa literatura. Adorei a poeta. Voltarei depois, com mais calma, para ler outros textos. Colocarei um link l� no Lord.
Grande beijo
É extasiante esse amar.
Perfeito seu poetar.
Semana de paz e muito amor doce Saramar,
beijos
Modula o rouxinol violino alado
as notas musicais da serenata
trovas de oiro e de rosas carmim
na alvura doce do luar coalhado…
Cantam em coro cigarras à desgarrada...
Fura o ralo o fino ar...negro cetim...
na estridência fina de um flautim
pelo trombone do sapo acompanhada...
Das profundezas místicas da mata
cai de uma fonte um harpejar sem fim…
Murmura ao longe a negra ramaria…
Das pedrinhas do rio são arrancadas
notas líquidas verde desmaiadas…
Soa em surdina, o vento em correria…
Li, reli e vou ler de novo. Teu poema é lindíssimo. Acho que vou guardar pra ler de vez em quando. Beijos e uma semana cheia de poesia.
Amei esse post.
Big Beijos
Oh linguagem colorida, bela e rica, amo-te porque não posso deixar de te amar! Meu beijão.
Que imagem linda! Que poema! Esse blog é um oásis...Cuja fonte nos oferece um banho de inspiração!
O amor a tudo transcende!!
Lindo!
Um grande beijo
Minha gurua, sempre me maravilho com o que aprendo com você.
Um maravilhoso poema de amor Saramar!!! Só alguém com grande sensibilidade escreveria este belissimo poema!
"Amo-te sem oráculos, sem limites, sem sentido, sem laços.
Amo-te nos astros."
Lindoooooooooooooo........
Um terno beijo!
Abrindo uma janela desconhecida, entrei num mundo onde reina a poesia e a sensibilidade.
Amar é o único destino. Saber dizê-lo, só alguns o sabem.
Um beijo.
SE é para amar...Então amemos...
Beijos...LIndo poema...
Tenha uma semana maravilhosa...
és tu???
é lindooooooo :)
Depois você diz que exagero quando digo que você me cala fundo...
Olha aí a prova!!!
Essas palavras parecem música... ao longe...
Indescritivel!!!
Abração
Ah o amor...sempre o amor, não sei o que é mais difícil sentir ou falar sobre o amor...desculpa, estou triste hj..
Bjosss
Amar incondicionalmente , sempre.
Beijito :)
Me pergunto onde andam os bons músicos que não leem teus poemas.
Uma pena!
Um grande abraço
Leila Jalul
Lindo esse post.
Beijos
Amiga, já não acredito no amor.
Passa por cá, preciso desabafar.
D. Galinha
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