domingo, outubro 01, 2006
Amar
O que posso senão amar? Desfazer a febre dessa alma ansiosa e esquecer o segundo antes do milagre do beijo, como posso?
E o veludo que me toca, sendo, antes, chama?
Não quero a placidez das horas sozinhas ou a morte-vida dos insensíveis.
Preciso das flores crescendo em primaveras jovens.
Quero chuva, violência de raios arrancando minhas raízes e seivas de amor em meus caminhos.
O que posso senão amar?
Imagem: Faustino
16 comentários:
Oi, bonitinho seu blog. Conheci-o a partir de minha amiga Iúna. Muita paz.
Nada pode. Para mim (e aparentemente, nisso somos almas irmãs) nada além de amar. Tb quero todas essas coisas embora as vezes elas pareçam sempre tão distantes.
Bjosss
Se já esta amando, simples!! Continue! (rs*)
Boa semana! Beijus
Saramar...voltei!!! da uma olhada lá no Manuscritos...ah adorei "Amar" !!! Bjs e saudades!!!
Lindo. Muito, muito bonito.
Minha querida amiga Saramar:
Assim eh a vida...e AMAR sempre, independente de qualquer coisa. Porque o AMOR nos levanta, nos renasce, assim como a primavera faz nascer as flores.
Acreditar sempre!
Um biejo carinhoso
MARY
Saramar, essa imagem de impossibilidade de não-amar que carregas, descoberta as relações mornas, que vivem algo que pensam que é amor, simplesmente para abster-se da solidão. Essa sua ânsia de traduzir o ser que ama, carrega o desejo de permanecer apaixonado. Não mude nunca esse sentimento. Amar vai além da companhia. É um estado de vida, de estar pronto, coração aberto para a alegria.
Lá no meu Uni-verso, quando me falas em Manuel Bandeira, me apanhas de surpresa. Confesso que não busco inspirações nos mestres. Elas se fundiram ao longo do tempo e permeiam minhas letras quando menos espero.
Preciso de flores. Só que as flores só existem na Primavera, depois poderá aparecer uma ou outra, mas essas não seduzem. Também nós somos flores e apenas florescemos na Primavera. Depois tentar florir no Outono da vida, creio que tudo não passa de uma ilusão ou de uma vida que foi regada pelo desencanto. Mas já não vamos a tempo. O florir era mesmo na Primavera. No Outono está nos reservado o cair da folha o aparecer de carunchos que se foram acumulando ao longo da vida. E quem é o culpado de tudo isto. É tão simples culpar os deuses, mas se continuássemos sempre flores, elas perderiam o seu encanto, tornando-nos semelhantes a uma jarra que quando nos foi oforecida era linda, mas com o tempo acabou por ser arrumada no sótão.
Fica bem.
Manuel
Para mim, nada senão amar!
Beijinhosssssss
Estas são as palavras de quem descobriu o sabor do amor. Que o amor te sorria sempre e sempre mais.
Um abraço
Às almas sensíveis não há como não optar pelo "amar"! E se fartar desse sentimento! E falar dele! E festejar seus momentos! E se entregar lindamente à festa de "amar"...
Gostei de seu texto! Embeveceu-me! Creia!
Abraço grande!
Dora
Às almas sensíveis não há como não optar pelo "amar"! E se fartar desse sentimento! E falar dele! E festejar seus momentos! E se entregar lindamente à festa de "amar"...
Gostei de seu texto! Embeveceu-me! Creia!
Abraço grande!
Dora
Por que vc sumiu?
Carlos
http://machadodekarlos.blog.uol.com.br/
O teu texto está cheio de paixão e poesia! Adorei!
Beijinhos.
Sim. O que posso senão amar? O que sou eu além disso?
É a pergunta que não quer calar, não é querida? E que resposta poderemos ter para esta questão? Sabe-se lá.
Beijos procê.
Postar um comentário